Nega Gizza - DEPRESSAO

DEPRESS�O

" Nega Gizza "

A que horas necessito sair vou me arrumar
N�o posso mais me esconder vou continuar
Uma interroga��o sobrevoa minha mente
N�o vou voltar vou seguir em frente
Meu deus porque o mal esta prevalecendo
tanto sofrimento tanta gente morrendo
Sinto uma grande vontade de voltar
Se parar a morte leva, precisamos caminhar.
Vou me despir do preconceito, vou buscar o meu direito
Desabafar do peito, esse mund�o ainda tem jeito
Um rio desce do meu rosto sem eu sentir
Des�gua na ansiedade, qual afluente vou seguir ?
Eu s� preciso da verdade ,
paz, justi�a e liberdade
eu preciso de coragem pra viver nessa cidade
Quero mais dignidade descolei da vaidade
n�o sou f� de malandragem e vou vivendo
os malandros t�o matando e morrendo
A press�o t� aumentando,t� ficando tudo escuro
vou alinhar o meu futuro

sou psicose delirante
Me transformo em cada instante ,
Em astronauta viajante
T� na depr�, t� na depress�o
N�o me vejo no espelho e vou andando em contra m�o

Me afundei na droga, n�o importa qual
Variando uma dose entre o bem e o mal
Ser� normal, algu�m da minha idade
Detestar os mais clarinhos odiar a sociedade
No fundo invejo essa gente, que sem �dio nos dentes
Sem amor no cora��o sem bala no pente
Me drogo em um segundo l� se vai a dor do mundo
Minha alma t� morrendo com o meu sonho vagabundo
Adrenalina vai a pique � dif�cil me conter
T� deprimida, vou enlouquecer
Perco a no��o desconhe�o meus amigos
N�o consigo o equil�brio, pra lutar contra o inimigo
M�e n�o chore me de prote��o
Meu sonho de menina n�o pode ser em v�o
O que a cigana me falou o pastor tinha falado
Eu Agradeci com um sorriso nos l�bios
Mas e da�, se n�o consigo ser curada
Felicidade n�o e viver angustiada
Sonho acordada n�o e isso que eu queria
Me perder na madrugada e me encontrar no dia

Sou psicose delirante
Me transformo em cada instante ,
Em astronauta viajante
T� na depr�, t� na depress�o
N�o me vejo no espelho e vou andando em contra m�o

A depress�o quer me pegar me levar me torturar
Mas n�o posso me entregar , mas n�o posso me matar
Explorados nesse morro feito saco de pancada
Quem foi eleito retribui com o dedo em nossa cara
Ref�m da solid�o, eu continuo aqui trancada
Me escondi da Depress�o, mas fui encontrada
Quem pode me dizer se estou perto de morrer ?
E se morrer, ser� que vou subir ou descer ?
Deprimida dos p�s a cabe�a sou fiel
Atrevida com homem valente eu to no c�u
O meu crime foi falar pela minha gente favelada
N�o quero ser julgada, sem ter advogada
Estou exausta, v�rias noites sem dormir
Mas antes do final da vida eu decido se eu vou sair
Mas por enquanto eu fico aqui
sou psicose delirante
Me transformo em cada instante ,
Em astronauta viajante
T� na depr�, t� na depress�o
N�o me vejo no espelho e vou andando em contra m�o