Dina Di

27/07/2007


"Pode-se dizer que de 1995 pra cá, muita coisa (ou quase tudo) mudou não somente na vida da menina Viviane Lopes Matias, mas também na vida/cenário do RAP Nacional. Se já é (e sempre foi) difícil para o Homem que faz Rap no Brasil, imagine para a Mulher?! Que além de enfrentar o problema básico da falta de recursos financeiros para investimento, ainda sofre (em poucos, porém significativos casos) com a ignorância machista. Graças a Deus, que fez com que a disposição transbordasse em sua vida, esses obstáculos sequer arranharam Viviane Lopes Matias, hoje uma mulher formada... mais conhecida como Dina Di. Depois de alguns bons anos prestigiando e coloborando para o crescimento do Rap, ela resolve criar e presentear os fans com o que vem a ser o seu 1º Álbum Solo. E, participando com ela desde a criação desse Disco até sua finalização, o que mais impressiona, não só a mim mas a todos os envolvidos, é a "vontade e entrega da alma para o trabalho" que a Dina Di possui e automaticamente transpassa a todos que a cercam. Isso tudo pode ser facilmente traduzido da seguinte maneira: Competência, Responsabilidade, Criatividade, Dedicação, Humildade (ao pé da letra) e 100% de Envolvimento com o Trabalho. Eu gosto de ressaltar essas palavras justamente por estarmos num momento em que muitos preferem se sentar no sofá de casa e exclamar: "O Rap tá fraco!" Enquanto alguns falam, outros escrevem. Enquanto os fracos e conformados dormem, "ela" escreve. Escreve sobre fé, sobre esperança, sobre o bem, e mesmo sobre o mal, sobre o crime e suas soluções, sobre os humanos e sobre Jesus, sobre o rumo das nossas vidas, sobre Deus, sobre a confiança, sobre a traição, sobre as drogas, sobre mães, sobre filhos, sobre palavras que nos guiam, sobre o desespero, sobre o barulho, sobre o silêncio... sobre a Bíblia. E enquanto ela escrevia, nós trabalhávamos. Pois é trabalhando que se faz um Disco. E trabalhando bastante, nós do Dagruta, juntamente com grandes monstros do RAP (Dj Raffa, KL Jay, Ariel, DJ Roger) concluímos a produção desse 1º Disco Solo da Dina Di. Diferentemente dos outros produtores (que já trabalham com ela há anos) citados neste texto, tivemos, pela primeira vez a oportunidade de trabalhar com a Dina Di e conhecer mais de perto sua trajetória, suas idéias, seus objetivos... da mesma forma que ela (também pela primeira vez) conheceu mais de perto as idéias e os objetivos de uma banda como o Dagruta. A idéia de nos convidar para trabalhar na produção de 8 faixas do Disco, foi a necessidade/possibilidade que a Dina Di encontrou em criar arranjos. Já que até o momento ela sempre trabalhou com Samplers. Inclusive, o Disco Novo possui muitas Bases Sampleadas também. Mas eu diria que (pelo menos) 50% das Bases são arranjos inéditos. Vale ressaltar que muitos desses "arranjos inéditos" vieram da mente da própria Dina Di, já que (como poucas pessoas sabem) ela toca violão e canta (excelentemente bem) com notas e melodias surpreendentes... e uma extrema segurança de quem sabe o que está fazendo, de onde está partindo e para onde quer chegar. Com a possibilidade de criar, modificar, reproduzir, re-timbrar e gravar novos arranjos, o resultado do Disco mostrará aos fans um lado mais versátil e criativo da Dina Di... inovando, evoluindo e crescendo dentro da sua própria carreira. E o mais importante: sem desrespeitar (em nenhum momento) a linguagem única do Rap Nacional; sem negar suas origens e sem precisar migrar de público (Deus a livre) em busca de uma ilusão momentânea ou de um falso status; e sim, buscando sempre a FORÇA e a INSPIRAÇÃO que o Rap trouxe, em todos esses anos, para sua carreira. Berimbau, Percussão, Competência, Baixo, Guitarra, Toca-Discos, Objetivo, Teclado, Violão, Samplers, Respeito e Vozes, muitas vozes... "das cinzas da favela pro mundão..." Dina Di - 2007 - **Filha do Rei** Denis Salgado.
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Fonte, Rapnacional.com.br confira a entrevista toda!

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